segunda-feira, 14 de março de 2011

1302 - Não desistas de mim



Não Desistas de Mim
Pedro Abrunhosa

A porta fechou-se contigo
Levaste na noite o meu chão
E agora neste quarto vazio
Não sei que outras sombras virão
E alguém ao longe me diz

Há um perfume que ficou na escada
E na TV o teu canal está aberto
Desenhos de corpos na cama fechada
São um mapa de um passado deserto
Eu sei que houve um tempo em que tu e eu
Fomos dois pássaros loucos
Voamos pelas ruas que fizemos céu
Somos a pele um do outro

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

Ainda sei de cor o teu ventre
E o vestido rasgado de encanto
A luz da manhã e o teu corpo por dentro
E a pele na pele de quem se quer tanto

Não tenho mais segredos
Escondi-me nos teus dedos
Somos metades iguais
Mas hoje só hoje
Leva-me para onde vais
Que eu quero dizer-te

Não desistas de mim
Não te percas agora
Não desistas de mim
A noite ainda demora

E não desistas de mim
Não te percas agora


Pedro Abrunhosa

3 comentários:

  1. Gosto tanto deste poema...
    Obrigada, João!

    Beijo.

    ResponderEliminar
  2. Ouvi a música vezes sem fim...
    Obrigada, mais uma vez.

    ResponderEliminar
  3. Maria:

    Por acaso também a tenho estado a ouvir! Durante o dia a RFM é minha companhia e hoje esta não me saiu da cabeça

    beijo

    João

    ResponderEliminar

1902 (da resiliência) - Do que um homem é capaz

Do que um homem é capaz? As coisas que ele faz Pra chegar aonde quer É capaz de dar a vida Pra levar de vencida Uma razão de viver A vida é ...