quarta-feira, 23 de maio de 2007

202 - A gente ouve e não acredita 2









Citando o jornal público em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1294849
Ministro das Obras Públicas: margem Sul é “um deserto” e não serve para o aeroporto
23.05.2007 - 18h47 Inês Sequeira


O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, afirmou hoje, no final de um almoço promovido pela Ordem dos Economistas sobre a Ota, que “a Margem Sul é um deserto” e por isso seria uma “obra faraónica” fazer aí o futuro aeroporto de Lisboa.

“Na Margem Sul não há cidades, não há gente, não há hospitais, nem hotéis nem comércio”, discursou o governante, acrescentando que, de acordo com um estudo recente, “seria necessário deslocar milhões de pessoas” para essa zona para justificar a construção do novo aeroporto.

Segundo Mário Lino, fazer um aeroporto “no Poceirão ou nas Faias” seria o mesmo “que construir Brasília no Alto Alentejo”.


Isto é espantoso! Lê-se e não se acredita...

Então se o que o Sr. Ministro diz for verdade, isto significa que o governo da república não é capaz de governar este país, então não há hospitais, não há escolas, não há comércio? então construa-se não? que raio de solidariedade nacional é esta? Que raio de coesão é esta? falhou-se o 25 de Abril a 1000%
Que vergonha admitir isto! que falha grave por parte dos nossos governantes! ficamos a saber que há portugueses de primeira e de segunda e ninguém faz nada!

Então se o que o Sr.Ministro diz é mentira ningúem o manda calar? ninguém o põe na ordem? ninguém lhe diz para pedir desculpa? ningúem o demite? isto passa impune?

Já só falta virem-nos com o argumento que governar é muito difícil e que só gente muito qualificada nos pode poupar a dificuldade que seria se fossemos nós a governar...


Dificuldade de governar

1Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.

2E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados?
E que Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.

3 Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.

4 Ou será que Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?

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